quinta-feira, 24 de setembro de 2015

História de vida



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Ex- morador de rua se forma em pedagogia na Universidade de Brasília

  • O ex-morador Sérgio Reis Ferreira se formou em pedagogia pela UnB

          Os olhos de Sérgio Reis Ferreira têm um brilho intenso; o sorriso é de inesperada candura; as mãos evidenciam sofrimentos passados e um discreto nervosismo. A tentação de enxergá-lo como herói é grande –mas qualquer tentativa de apreender Sérgio na superfície é imediatamente frustrada: é preciso muito tempo e generosidade para reler o longo e árduo caminho que este ex-morador de rua percorreu até aqui, ao gabinete do reitor da UnB (Universidade de Brasília) nesse mês de novembro de 2012.
          Foi no primeiro dia de novembro, então, que -com um sorriso tímido- o mineiro Sérgio enfim pôde entregou nas mãos de José Geraldo de Sousa Junior a monografia que atesta a conclusão do curso de pedagogia iniciado por ele na UnB há seis anos, em 2006.
          O ineditismo do caso obrigou a instituição a se desdobrar para manter o estudante aqui após a surpreendente aprovação no primeiro vestibular de 2006. “A universidade que não lida com isto –que não acompanha esse aluno proveniente de situação adversa em todas as circunstâncias, até que complete o seu ciclo– é que fracassa, e não ele”, disse José Geraldo de Sousa Júnior, em referência à constante ameaça de descontinuidade que pairava sobre Sérgio durante os anos na UnB.
          Institucionalmente, a universidade colaborou para a permanência de Sérgio com apoio sob a forma de alimentação, transporte, assistência social, orientação pedagógica etc.
“Não estamos aqui em torno do personagem Sérgio –mas, sim, do sujeito que, sobretudo, saiu da condição de vítima e trouxe sua vida até aqui, realizando uma ultrapassagem”, disse o reitor José Geraldo, para quem Sérgio é “alguém que, mesmo numa situação adversa, confiou”: “Se chegamos até aqui, é porque ele quis assim”.
          O reitor revelou que vem acompanhando atentamente a trajetória do aluno, e que sabe das dificuldades que o percurso representou não só do ponto de vista econômico, mas também nos aspectos subjetivo, social e intelectual. “Ainda assim, Sérgio nunca tentou me atingir pelo sentimentalismo”, disse o reitor. “A rua não é mais o seu lugar!”, disse a Sérgio, que agradeceu: “Obrigado mais uma vez por me fazerem crescer”.

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